Desabafo I

Em meio a devaneios
Escrevo o que na cabeça me vem.
Talvez melhor fosse nada escrever,
Pois nada é tudo o que tenho em mente.

Ponho no papel frases sem sentido.
É mais uma expressão daquilo que não consigo exprimir.
Talvez meu olhar transpareça esse fenômeno, que tem origem no coração ou em outro local abstrato qualquer.
Isso é tão natural! Esvreco sem métrica, rima ou qualquer outra formalidade poética. Mas qual formalidade a
P
O
E
S
I
A
E G I X E ?

Escrevi até mais que deveria ou queria, e cheguei a uma conclusão sobre estas linhas:
Somada cada palavra desta poesia,
Dividido pelos meus pensamentos ambíguos,
Elevado ao meu pensamento impreciso...
Tudo isso é igual a um simples desabafo.

Marlon Garcia

Petrópolis, 15 de maio de 2010. 13:17h