Soneto à Maria

Maria de lindos olhos:
Dentre tantos, tão notórios.
Não sabes como em ti penso,
Idéias vãs, como o vento.

Tu, com a qual vivo em sonhos,
Livres, insanos que somos.
Oh! Maria que não a louca,
Mas nobre qual nova louça.

Sê solta qual seu intento.
Em dias angustiados,
Sê livre, quase sem tempo.

O temor é mui bom, saiba.
Traz saber aos desvairados,
Mas loucura, essa é uma dádiva.

Heitor Victor

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