Estrada de Ferro
Como trovões o trem segue passando,
Lamentoso devorando seu trilho.
Mecânico, segue o meu andarilho
E sigo, humano, cá divagando.
Vejo vindo luzes, faróis andando
E lanternas rubras, o estribilho.
Soando, o cromo-ofuscante gatilho
Desse expresso que segue viajando.
Mórbido, no interior, vou ouvindo;
Transeuntes vagam nas estações,
Construções que passam em turbilhões.
Todo homem, bem sei, vai seguindo
O ritmo extasiante dos vagões,
Móvel que move minhas emoções.
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